A semente
Tive a impressão que o corpo era semente
Quando na Terra fui menino,
E se o vento empurrava-me no campo
Eu maldizia meu destino.
Essa Ideia curiosa acompanhou-me
E bem mais tarde, homem já feito,
Quando ia ao cemitério e via a cova
Sentia opresso todo o peito.
Quando contei o caso, meus amigos
Disseram: 'Certo, você mente.'
Mas desde que morri tenho certeza
De que saí de uma semente.
Thomas H. Dickinson escreve que 'durante a Guerra Europeia o negro afirmou-se como o cantor das próprias canções e compositor das suas próprias poesias e músicas. Assim fazendo, trouxe à América do Norte uma contribuição que muitos afirmam ser a nota mais tipicamente norte-americana nas letras, nas artes plásticas e na música do país.' Dentre esses talentos está o poeta e romancista negro Countee Cullen (l903 - 1946) que muitos de seus poemas foram transformados em canções por Emerson Whithorne. Bacharel em arte pela Universidade de Nova Iorque, em 1925, e no ano seguinte, doutor em artes pela Universidade de Harvard. O poema A SEMENTE foi extraído da obra Antologia do mais além, Jorge Rizzini, Editora Espírita Paulo de Tarso. Goiânia. 1993.
Luiz Humberto Carrião
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