sábado, 21 de julho de 2012

Um país onde a riqueza é medida pela Felicidade


Encravado na Cordilheira do Himalaia, entre a China e a Índia, no topo do mundo, bem perto o céu, agraciado com um relevo acidentado e de difícil acesso, o que facilitou a preservação da cultura de um povo feliz, diz-se o mais feliz da Terra, trabalhando o solo e recebendo o sopro divino trazido pelo vento que balança as bandeiras com versos sagrados, exalando paz, compaixão e sabedoria por toda região, lá está o Butão. O menor reino do mundo. Anteriormente ao inicio do século XX, os butaneses eram governados por um Lama, chefe religioso, quando foram separados religião e governo com a coroação de um Rei. Um de seus reis chegou alcançou o poder aos 18 anos de idade. Idealista e sonhador, não quis que seu país e seu povo repetisse os erros observados por ele em outros países, como por exemplo, a desarmonia familiar, o consumismo e a falta de cuidado com a natureza. O quarto monarca anunciou: “A felicidade Interna Bruta é muito mais importante que o Produto Interno Bruto”; com isso, criou um ambiente para o florescimento da Felicidade, esse equilíbrio emocional humano. Não é fácil medir a Felicidade, declara Thinley Namgyel, do Departamento da Felicidade, ela depende de cada um. O que temos aqui é um instrumento de triagem. Então, qualquer política, programa , inciativa, que vem para a comissão é testada por este instrumento. Nós avaliamos o impacto na Felicidade Interna Bruta, concluiu. Ao contrário do Produto Interno Bruto, que tem um índice para ser avaliado, a Felicidade Interna Bruta não pode ser medida, mas o governo utiliza-se de 23 critérios para avaliar se um projeto pode ou não diminuir a felicidade do povo, dependendo desse resultado ele será ou não aprovado. Resumindo: no Butão a riqueza é medida pela Felicidade.

Luiz Humberto Carrião   

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