Encravado
na Cordilheira do Himalaia, entre a China e a Índia, no topo do
mundo, bem perto o céu, agraciado com um relevo acidentado e de
difícil acesso, o que facilitou a preservação da cultura de um
povo feliz, diz-se o mais feliz da Terra, trabalhando o solo e
recebendo o sopro divino trazido pelo vento que balança as bandeiras
com versos sagrados, exalando paz, compaixão e sabedoria por toda
região, lá está o Butão. O menor reino do mundo. Anteriormente ao
inicio do século XX, os butaneses eram governados por um Lama, chefe
religioso, quando foram separados religião e governo com a coroação
de um Rei. Um de seus reis chegou alcançou o poder aos 18 anos de
idade. Idealista e sonhador, não quis que seu país e seu povo
repetisse os erros observados por ele em outros países, como por
exemplo, a desarmonia familiar, o consumismo e a falta de cuidado com
a natureza. O quarto monarca anunciou: “A felicidade Interna Bruta
é muito mais importante que o Produto Interno Bruto”; com isso,
criou um ambiente para o florescimento da Felicidade, esse equilíbrio
emocional humano. Não é fácil medir a Felicidade, declara Thinley
Namgyel, do Departamento da Felicidade, ela depende de cada um. O que
temos aqui é um instrumento de triagem. Então, qualquer política,
programa , inciativa, que vem para a comissão é testada por este
instrumento. Nós avaliamos o impacto na Felicidade Interna Bruta,
concluiu. Ao contrário do Produto Interno Bruto, que tem um índice
para ser avaliado, a Felicidade Interna Bruta não pode ser medida,
mas o governo utiliza-se de 23 critérios para avaliar se um projeto
pode ou não diminuir a felicidade do povo, dependendo desse
resultado ele será ou não aprovado. Resumindo: no Butão a riqueza
é medida pela Felicidade.
Luiz Humberto Carrião
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