No facebook de Mav Sene Rosa: “No Japão, o único profissional que não precisa se curvar diante do imperador é o professor, pois segundo os japoneses, numa terra que não há professores não poderá haver imperadores”.
Neste pequeno grande livro Virgínia Bessa desnuda Paulo Freire, “o mestre que ensinou o oprimido a ler o mundo”; Lucas Jannoni Soares escreve sobre Anísio Teixeira, que “deu a vida pela formação do cidadão democrático”; e, Guilherme Azevedo, traça o perfil de Darcy Ribeiro, “homem de fazimentos: criador dos Cieps, da UnB, romancista, senador, indianista, historiador...”
Já no prefácio, Moacir Gadotti, Diretor do Instituto Paulo Freire e Professor Titular da Universidade de São Paulo define: “Sim, eles podem ser considerados rebeldes de ontem e continuam uma referência de hoje, porque são mestres do amanhã. Rebeldia: sinal de criatividade, iniciativa, inteligência, protagosnismo e, ao mesmo tempo, inconformismo, ruptura, desobediência […] compartilhando a luta contra o elitismo da educação brasileira...”
Como estudante vi o respeito com que meus professores, quando na condição de alunos, assistiram a “invenção do futuro” (na educação brasileira) pelo rebelde Anísio Teixeira. Como acadêmico de História, repudiávamos o que o Golpe de 64 havia feito com outro “inventor do futuro”, Paulo Freire. Pedagogia do Oprimido, sua obra referência no Brasil, tornara leitura obrigatória o todos nós; e, finalmente, como professor assisti a luta do último “inventor do futuro”, Darcy Ribeiro, como senador, relatando a LDB (Lei de Diretrizes e Base) da Educação Brasileira, em 1986. Muito além de seu tempo. Acabaram por nos ensinar “que as ideias são sempre vestimentas provisórias da verdade”.
Luiz Humberto Carrião
Luiz Humberto Carrião
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